segunda-feira, 28 de maio de 2012

Documentário "Miss Representation" - MUITO BOM!

Documentário "Miss Representation" - MUITO BOM!: Documentário EXCELENTE! :) Miss Representation Escrito e dirigido por Jennifer Siebel Newsom, o filme expõe como os meios de comunicação depreciam as mulheres nos EUA, principalmente aquelas em posições de poder e influência, o que dificulta que outras mulheres também queiram ocupar cargos de liderança. Em uma sociedade onde a mídia é a força mais convincente e que define normas culturais, a mensagem coletiva que mulheres e homens esmagadoramente recebem é a de que o valor da mulher está em sua juventude, beleza e sexualidade, e não em sua capacidade. Este documentário mostra as barreiras que enfrentam e os danos que tais mensagens causam logo cedo no desenvolvimento das meninas. Jennifer disse que fez o filme para sua filha Montana:
"Meu marido e eu temos os mesmos desejos para Montana e de quaisquer pais para seus filhos. Queremos que ela persiga seus interesses e paixões na vida e que entenda que o que realmente importa é quem ela é por dentro. E é fundamental para nós que as meninas cresçam num mundo onde sua opinião conte, onde nossa cultura abrace-as em toda a sua diversidade e onde terão igualdade de oportunidades para serem bem sucedidas na vida."
Trailer "Miss Representation": Official Trailer - YouTube Cause and Effect: How the Media You Consume Can Change Your Life from Miss Representation on Vimeo.
Assista ao documentário "Miss Representation"
Completo - Legendado em Português
Miss Representation - Full Documentary w/ portuguese subtitles (legendas) - YouTube
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Katie Couric, Nancy Pelosi, Condoleezza Rice, Gloria Steinem e Rachel Maddow. "Miss Representation" é a exploração controversa da má representação das mulheres na mídia. O fato da mídia ser tão depreciativa com as mulheres mais poderosas do país. A mídia é a mensagem e o mensageiro. E está cada vez mais poderosa. As pessoas aprendem mais com a mídia do que com qualquer outra fonte de informação. Se você pensar na mídia e tecnologia, eles estão fornecendo o conteúdo que está formando nossa sociedade. Eles estão formando nossos políticos, nosso discurso nacional, e acima de tudo, estão formando o cérebro, a vida e as emoções das nossas crianças. Garotas recebem desde muito cedo a mensagem de que o mais importante é a aparência, que o seu valor depende disso. E os garotos recebem a mensagem de que isto é que é importante sobre as garotas. Nós vemos isto em anúncios, vemos em filmes, programas de televisão, videogames, em qualquer lugar. Então não importa o que uma mulher faça ou alcance, seu valor ainda depende de sua aparência. 53% das garotas de 13 anos são infelizes com seus corpos. Este número sobe para 78% aos 17 anos. 65% das mulheres têm distúrbio alimentar. 17% das adolescentes desenvolvem comportamento de auto-flagelação. Índices de depressão entre garotas e mulheres dobraram entre 2000 e 2010. Quanto tempo vai levar até que alguém tome uma posição? A imagem ideal da beleza está mais extrema e impossível. Não se vê a foto de uma mulher considerada linda, que não tenha sido alterada digitalmente para torná-la absolutamente perfeita. As garotas estão sendo encorajadas a alcançar esse ideal em idades cada vez menores. Elas acabam se comparando com um padrão impossível de se atingir, e se acostumam com isso. Outra coisa que não surpreende é que os homens, que vêem muitas fotos de supermodelos, passam a julgar as mulheres em geral muito mais severamente. A coisa mais importante a se entender sobre essas imagens, e como elas nos afetam, é que o efeito principal é no subconsciente, e isso é muito danoso mas na maioria das vezes não temos consciência disso. A criança em geral demora de 18 a 24 anos para se desenvolver. O desenvovimento total do cérebro se dá em torno dos 20 e poucos anos. São uma classe muito mais vulnerável na sociedade. Eu me preocupo com a pressão que minhas filhas sentem nessa sociedade que tem atrizes anoréxicas, modelos e estrelas de TV. Ficamos condicionados a pensar que é assim que as mulheres deveriam se parecer.Então até mesmo pessoas com peso e altura médias têm distúrbio dismórfico. Todos devem aprender do que se trata a mídia. Trata-se de querer que você se torne algo que você não é... Muitos anúncios são baseados em fazer a gente se sentir ansioso e inseguro. Para os homens, há muita ansiedade em torno de status e poder, e querer aparentar poder, ao menos dirigir um carro potente. Para as mulheres, a ideia de que vocês nunca é bonita o suficiente... é por isso que continuamos a ver o mesmo tipo de corpo repetido à exaustão. As mulheres americanas acabam gastando muito mais com produtos de beleza, na busca desses ideais e mitos, do que com sua própria educação, o que de fato traria muito mais benefícios a longo prazo. As garotas não são apenas vistas como objetos Elas aprendem a ver a si mesmas como objetos. A Associação Americana de Psicologia conclui recentemente que a auto-objetificação se tornou uma epidemia nacional. Quanto mais as mulheres se auto-objetificam, maior é a chance de se tornarem depressivas, de terem distúrbios alimentares. Elas têm a auto-confiança reduzida, menos ambição, e menos capacidade cognitiva. Mulheres que têm alto nível de auto-objetificação têm menor eficácia política. Eficácia política é a noção de que sua voz importa e que você pode causar mudança na política. Assim, se tivermos uma geração inteira de jovens se desenvolvendo com a noção de que a objetificação da mulher é algo normal, as mulheres dessa geração terão menos probabilidade de concorrer a um cargo político e de votar. Isso é uma coisa perigosa. Se a mídia diz às garotas que o seu valor está no corpo, elas se sentirão diminuídas em seu poder, e isso as distrairá de fazer a diferença e de se tornarem líderes. Mulheres compõem 51% da população americana. Porém constituem apenas 17% do Congresso. Apenas 34 mulheres até hoje serviram como governadoras comparadas a 2319 homens. Em Cuba, China, Iraque e no Afeganistão há mais mulheres no governo do que nos Estados Unidos. Sem mais mulheres na política, não há como termos legitimidade democrática. Se há um órgão de decisão em que as mulheres não participam, serão tomadas decisões erradas. Isso porque não terão a perspectiva da mulher sua percepção e experiência... É um escândalo absoluto que a mulher americana continue a receber apenas 77 centavos para cada dólar que o homem recebe... As mulheres são responsáveis pela criação das melhores políticas públicas na América, em todos os estados e municípios desse país. A campanha de salário mínimo, o microempreendedorismo, a segurança, tudo o que depende de pensamento diferente, tem sido feito pelas mulheres! Temos que fazê-las participar das discussões que envolvem poder. Primeiro, são necessários candidatas. É necessário que participem dos grêmios de onde os candidatos são selecionados. Os rapazes votam nos rapazes e as garotas votam nos rapazes, mas às vezes é difícil que as garotas obtenham votos de outras garotas. Sinto que garotas são mais duras umas com as outras. Quando meninos e meninas têm sete anos um número igual deles quer ser presidente quando crescer, aproximadamente 30%. Mas quando se faz a mesma pergunta aos 15 anos, aí percebe-se a grande diferença. Assim, temos essa socialização de gênero, em que a política é vista como assunto masculino. Se você não vê mulheres lá, então as garotas não as vêem lá... elas não podem estar lá. Assim, realmente o que você vê é o que lhe inspira para o que é possível no mundo. Ter a oportunidade de ver mulheres, de ver a liderança delas na realidade, no cinema, na TV é importantíssimo para as mulheres. Isso porque não há muitas mulheres em posição de liderança. As mulheres nunca são as protagonistas. E se forem, então é um drama sobre conquistar um cara ou algo assim. "Por que uma garota não pode ser protagonista"? "Por que uma garota não pode ser poderosa"? Apenas 16% dos protagonistas em filmes são do sexo feminino Entre 1937 e 2005, houve apenas 13 protagonistas do sexo feminino nos desenhos animados. Todas, exceto uma, estavam em busca de uma relação romântica. Estamos ensinando nossos meninos que ser um homem significa ser forte e estar no controle. Ser mais inteligente, ou melhor que as mulheres, ou que nossas necessidades são prioridade na relação com a mulher. Isso não é predeterminado geneticamente. é um comportamento que se aprende. Todos dizem que a Madonna e a Angelina Jolie têm muito poder, mas elas acabam representando a mesma definição de sexualidade. Quando se pensa na Hillary Clinton... ela tem muito poder, pois é ministra de estado. Também as presidentes de grandes corporações, ou outras mulheres que têm poder de diversas maneiras. Mas nesses casos, não as vemos representadas. Não recebemos a mensagem de que não é necessário usar sua sexualidade para alcançar poder nesse mundo! As matérias na imprensa sobre mulheres que estão correndo ao cargo mais alto do país concentram-se na aparência delas, isso causa impacto na audiência em termos de como elas são avaliadas e julgadas. Mulheres detêm apenas 3% de cargos de poder em telecomunicações, entretenimento, publicações e propaganda. Isso significa que 97% de tudo o que você sabe sobre si mesma, sobre seu país e o mundo vêm de uma perspectiva masculina. As mulheres representam apenas 16% de todos os roteiristas, diretores, produtores, diretores de fotografia e editores. E apenas 7% dos diretores e 10% dos roteiristas no cinema são mulheres. Os empregadores tendem a contratar pessoas que são o reflexo deles próprios. A mídia pode ser um instrumento de mudança, pode ser mantenedora do status quo, das perspectivas de uma sociedade como esperamos, pode despertar as pessoas e mudar suas cabeças. Eu penso que isso depende de quem está pilotando o avião! Em um mundo de um milhão de canais, como temos hoje, as pessoas tentam fazer coisas cada vez mais chocantes, para chamar a atenção, e muitas vezes eles recorrem a imagens violentas ou sexualmente ofensivas, ou humilhantes, porque sabem que vão chamar a atenção. O problema é que as crianças estão expostas a tudo isto com muito pouca ou nenhuma mediação. Temos que ajudar nossos meninos quando eles ainda são jovens, cinco ou seis anos, ao entrarem na escola, e os ajudar a não separar cabeça e coração, a não se tornarem emocionalmente analfabetos... não dizer para eles que não podem mostrar emoção, que são "mulherzinhas" quando choram, expressam amor. Se ensinamos o homem que deve ser mais inteligente que as mulheres, ganhar mais dinheiro que as mulheres, não ter respeito pelas mulheres, seu chefe pode ser uma mulher, sua médica pode ser uma mulher, uma mulher pode ganhar mais dinheiro do que ele, a menina que senta do seu lado na aula pode ser mais esperta do que ele... o que significa ser homem? Como esperamos que nossos filhos sejam homens íntegros com consciência e que defendem a justiça social e tratem as mulheres com respeito e as defendam quando verem alguém tratar uma mulher com desrespeito, se eles não vêem seus pais fazendo isso, se eles não vêem os homens da sua cultura fazendo isso? Nós temos um enorme poder. 86% do poder de compra do país está nos bolsos das mulheres... Bem, vamos usá-lo! Quero dizer, vamos usá-lo para não comprar revistas vulgares e também para não apoiar os programas sensacionalistas de TV. As vozes dos consumidores podem ser a voz mais poderosa e importante que temos, além da do cidadão e do uso do voto. Muitas vezes, nós meninas e mulheres não reconhecemos nossa própria força interior Agora eu sei que não podemos deixar que ninguém ou qualquer coisa nos afaste do nosso poder. Una-se ao movimento www.missrepresentation.org Se você realmente quer mudar as coisas à sua volta, eis o que você pode fazer... 1) Avalie-se por suas realizações e não por sua aparência. Se você e eu, toda vez que passarmos por um espelho, reclamarmos de nossa aparência, precisamos lembrar que uma menina está nos observando... e é isso que ela está aprendendo! 2) Reflita sobre como você contribui para o sexismo... Eu me incluo nisso, o rigor a que sujeitamos as mulheres, "Deus, como está envelhecida, olha como ela ficou grisalha, o que ela está vestindo"?! E acho que como mulheres devemos parar com esse comportamento destrutivo que infligimos umas às outras, ou seja, a nós mesmas! 3) Apóie as mídias que premiam mulheres profissionalmente realizadas. Precisamos de modelos de mulheres fortes que tem um papel na mídia; porque fizeram alguma coisa, porque fizeram um bom trabalho, não porque elas tem o corpo mais gostoso ou porque ela é a mulher mais sexy de 2010, mas porque elas são as melhores filantropas, as melhores médicas... e não é sobre sua aparência, mas sobre quem são por dentro. 4) Boicote programas de TV, revistas e filmes que objetificam e degradam as mulheres. Exprimir sua opinião e criticar empresas da mídia quando você acha que estão fazendo coisas que prejudicam as crianças não é somente um direito dado por Deus, como americanos e como pais, mas também é consistente com a Primeira Emenda. 5) Vá ver filmes escritos e dirigidos por mulheres. E é importante ir no fim de semana da estreia na sexta-feira é o melhor dia, porque estes são os números que contam para Hollywood. Escreva suas próprias histórias e crie sua própria mídia sobre mulheres poderosas em papéis não tradicionais. 6) Ensine aqueles ao seu redor a olhar criticamente os meios de comunicação. 7) Não tenha medo de desafiar seus amigos se você ouvir eles dizerem coisas depreciativas sobre as mulheres. [Martin Luther] King disse isto muito claramente, o problema hoje não são palavras mordazes e más ações de pessoas más, mas o silêncio e a inação de pessoas boas. 8) Encontre modelos saudáveis e seja mentora para outras mulheres. Encoraje as mulheres a se tornarem líderes. E as apóie nesse processo. Se virmos mulheres que têm potencial para serem excelentes para qualquer função política temos que divulgar isso. 9) O que quer que as mulheres façam, elas devem fazê-lo duas vezes melhor do que um homem, para serem consideradas como medianas... ainda bem que isso não é tão difícil.
Jennifer Siebel Newsom
Jennifer Siebel Newsom

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