sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Quando as portas não são unisexo

Quando as portas não são unisexo:
Agora é fácil: quando alguém nos bate à porta espreitamos pelo video-porteiro ou lançamos um sonoro "quem é" pelo intercomunicador para decidirmos se queremos abrir a porta. E, claro, há sempre a alternativa de apenas entreabrirmos a porta para decidirmos se recebemos quem quer entrar. Mas, e quando existem questões culturais e religiosas que tornam a questão mais complicada?
Por exemplo, se vivemos num país em que às mulheres não é permitido o contacto com homens estranhos à família ou não devem, pelo menos, aparecer de cabeça descoberta, como é que se sabe quem deve abrir a porta? 
Seria fácil se tivessemos duas portas, mas num local onde a madeira é um material escasso este recurso parece não ser o melhor. O mais lógico é - pois - ter apenas uma porta e encontrar outro método para evitar situações embaraçosas.
Em Yazd as portas não são unisexo mas cada habitação tem apenas uma entrada. A solução foi encontrada no desenho das aldrabas com que se bate à porta. Existem duas com formatos diferentes e - consequentemente - com diferentes sons.
Uma das aldrabas tem um som mais profundo e outra um mais agudo. Dentro de casa sabe-se assim se quem bate à porta é homem ou mulher.
Mas... e quando um grupo de pré-adolescentes resolve bater à aldraba errada só para dar uma valente gargalhada e correr pelas ruas labirínticas numa fuga conspirativa?


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O autor do Blog, nos fornece muitas informações sobre o Irã...Algo especial,...Cultural..Sõnia
Sonia Maria

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