domingo, 16 de junho de 2013

Mama Cho

Mama Cho:
 Hoje quero apresentar-vos Mama Cho, uma mulher de 46 anos membro da tribo dos Black Hmong que conheci no final da minha passagem pelo mercado de Bac Ha. Voltámos a encontrar-nos em Sapa, a estância de montanha por excelência do Vietnam, com vista sobre o Fansipan, o mais alto pico do país que se ergue acima dos 3000 metros.
Mama Cho vive numa aldeia a 12 quilómetros da cidade. Quando nos reencontrámos estivemos um bocado há conversa e depois acertámos num passeio até sua casa. Combinado para o dia seguinte, à hora aprazada estávamos os dois a caminho de Hao Tao por trihos na montanha que cortavam o denso nevoeiro matinal.
Mama Cho foi-me contando a sua vida à medida que caminhávamos. É casada com Chi e tem quatro filhos. A mais velha, de 17 anos, já está casada e vive na mesma aldeia. Os outros três têm entre 12 e seis anos e partilham a casa com os pais. Mama Cho tem um arrozal que provê a base da alimentação da família mas há anos que o turismo é a sua principal ocupação.
Todos os dias ruma até Sapa para convidar jovens estrangeiros a pernoitar em sua casa. Dois dias e uma noite em regime de pensão completa custam 20 dólares e com esta actividade Mama Cho consegue ganhar mais dinheiro do que a maioria dos seus concidadãos.
A prática do homestay é muito comum nas aldeias ao redor de Sapa e a concorrência é grande, mas o constante fluxo de jovens turistas permite a sua distribuição por todos.
Mama Cho tem um inglês bastante razoável - embora com um sotaque por vezes difícil de decifrar - que permite estabelecer facilmente conversa com os seus hóspedes e mesmo brincar com eles. E no entanto mal sabe escrever vietnamita.
"Quando era pequena os meus pais não me levaram para a escola porque tinha de os ajudar no campo. Aprendi inglês já adulta com os turistas", diz-me, evidentemente orgulhosa.

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Cada dia aprendo mais.
Um história de sobrevivencia esobre a força e coragem de uma mulhervietnamita.
 Sonia Maria
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