sábado, 6 de agosto de 2011

O caminho da não-violência

O caminho da não-violência: " do Blog: http://coisasesentidos.blogspot.com/
A não-violência é a maior força à disposição da humanidade. Ela é mais poderosa que a arma de maior força destruidora inventada pela inteligência humana. A lei dos seres humanos não é a destruição. O homem vive livremente por estar sempre pronto à morrer pelas mãos do seu irmão, se necessário, e nunca por matar a esse irmão. Todo crime ou agressão cometido ou infligido a outro é um crime contra a humanidade, seja qual for a causa que esteja em jogo.


A primeira condição da não-violência é a justiça em todas as esferas da vida. Talvez seja demais esperar isso da natureza humana, mas esse não é o meu modo de pensar. Ninguém deve ser dogmático com a capacidade da natureza para a degradação ou para a exaltação.


Do mesmo modo que devemos aprender a arte de matar quando treinamos para a violência, assim devemos aprender a arte de morrer quando treinamos para a não-violência.Violência não significa libertação do medo, mas descoberta dos meios de combate à causa do medo. A não-violência, por outro lado, não tem uma causa que leve ao medo. Para estar livre do medo o adepto da não-violência precisa cultivar a capacidade para o sacrifício mais elevado. Ele não se preocupa caso venha a perder sua terra, suas riquezas e sua vida.


Só pode praticar ahimsa (não-violência) com perfeição quem superou completamente o medo. O adepto de ahimsa tem um só temos, o temor de Deus. Quem busca refúgio em Deus precisa ter um vislumbre da Atma (alma, eu) que transcende o corpo; e no momento que tem um vislumbre da Atma imperecível, ele abandona o amor do corpo perecível. O treinamento da não-violência é, então, diametralmente oposto ao treinamento da violência. A violência é necessária para proteger as coisas externas, a não-violência é necessária para proteger a Atma, para proteger a própria honra.


Mahatma Gandhi



Fonte:
GANDHI, Mahatma. Somos todos irmãos: reflexões autobiográficas. São Paulo: Paulus, 1998. p.134-135.
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