segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Médico desenganado se recupera de câncer graças a droga em desuso

Médico desenganado se recupera de câncer graças a droga em desuso: Os profissionais de saúde são os que mais têm consciência de sua própria condição vital. Por isso quando um médico prepara o próprio velório é porque ele sabe exatamente o real significado do termo milagre.

Futebolisticamente, esse caso foi como ter feito um gol salvador já nos acréscimos (na verdade, é muito mais raro do que isso). O urologista Dr. Rami Seth, 70 anos, trabalhou como clínico geral e cirurgião por quatro décadas. Foi diagnosticado como tendo tumores no fígado em 2005 que devido ao tamanho e localização não havia como ser operado. Dessa forma, era estimado que haveria apenas mais algumas semanas de vida.

Os tumores eram grandes demais e eles eram inacessíveis para a cirurgia. Havia apenas um resultado e quando eles me disseram que eram inoperáveis eu sabia que era o fim do jogo.

Dr. Seth foi diagnosticado com câncer em seu rim direito, em junho de 2004. Ele teve o órgão removido, mas um ano depois, o câncer havia retornado e os médicos encontraram quatro tumores malignos no fígado.

Pai de dois filhos, resolveu então realizar seu próprio velório para 200 familiares e amigos para que ele pudesse se despedir.

Eu queria dizer adeus a meus amigos e minha família, por isso organizei meu próprio velório. Eu disse a eles: ‘alguns de vocês irão ao meu funeral e dirão coisas muito boas sobre mim, mas eu quero ouvi-las agora’, então fizemos uma festa.

Porém, naquele mesmo ano, seu colega Prof. Poulam Patel sugeriu uma última alternativa: uma droga anticâncer desenvolvida na década de 1960, que se mostrou eficaz para apenas um em cada cinco pacientes.

Para além da baixa eficácia, os efeitos colaterais (sono, depressão e perda de consciência) faziam do beta interferon uma aposta arriscada. Todavia, como não havia mais opções, ele resolveu tentar o tratamento.

Eu pensei que não tinha nada a perder, então eu dei-lhe uma chance. Uma das razões da droga não ser usada era porque tinha terríveis efeitos colaterais. Os pacientes sentem sono, depressão e deixa-o fora de combate por dois dias e então você tem que tomar o remédio novamente. Eu tomei e me senti horrível, mas funcionou.

Durante dez meses, Dr. Seth injetou três doses semanais da droga. Funcionou: criou-se um tecido rígido em volta dos tumores, isolando-os e possibilitando sua remoção.

Tem sido uma longa jornada até a recuperação, mas eu sinto que tenho muita sorte por estar aqui e tenho vivido meus dias ao máximo.

Ele ainda teve que tratar um novo tumor no pulmão em 2009, mas se recupera bem e não pretende mais pensar em velório.

Agora está escrevendo um livro chamado "Going to the Hospital" (Indo para o Hospital), onde dá dicas para os pacientes sobre como evitar doenças no hospital.

Fonte: Telegraph
[Via BBA]
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